segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Desabafo

Correria. Estresse. Aborrecimento. Preocupação.
Essas palavras resumem bem os meus dias.

Estou cansada, com dor de cabeça quase todos os dias, minha pressão arterial não diminui (meu médico queria aumentar a dose do remédio, além de me receitar um outro remédio para tomar junto com o atual), aquela "gastrite nervosa" que eu não sentia há muito tempo voltou a dar o ar da graça...

Mas o ponto alto do meu dia já nada agradável é quando perguntam "E aí, Rafael, quando é que o teatro da igreja volta à ativa?*". Pxxx xxx pxxx!!! Sério, tenho vontade de esfaquear a pessoa que pergunta isso.
Gente, ele caiu e quebrou o joelho por causa desse teatrinho enjoado! Mas será o Benedito?!?
Será que ninguém pensa que ele NÃO está indo trabalhar?
Será que ninguém consegue pensar "como será que a esposa dele -eu- está? será que ela está precisando de ajuda ou de um ombro amigo?"???? Não. Dificilmente alguém pensa nisso e raramente me perguntam "como você está, Lidia?". Me recuso a crer que a humanidade enxerga como normal essa imensa lista diária de tarefas que as mulheres enfrentam todos os dias.
Sinceramente, me recuso.

Aliás, justiça seja feita. Aquele grupinho ainda tem umas duas ou três pessoas que se interessam e trabalham. E só! O resto é só peso morto, que vem sendo puxado na aba dos bons e do meu marido. E ainda ouço  cada desculpinha tão estapafúrdia, que só vendo.

A quem interessar possa: não estou nem um pouco satisfeita com a situação atual e torço para o fim daquele grupo de teatro que não soube valorizar o esforço do meu marido. Sei que isso pode desagradar a Deus, mas sei que Ele me entenderá porque Ele sabe muito bem o que eu estou passando.
Não dou a mínima para a opinião alheia, quero mais é que o mundo fique lilás! Estou pouco me lixando!

E agora que meu marido está em franco processo de recuperação, digo, sem nenhum pesar, a todos os que vacilaram e deixaram meu marido na mão quando ele precisou de vocês, que quero mais é que fiquem ricos e se mudem pra bem longe!
Não vou lhes desejar mal (não sou burra a esse ponto), mas ainda sou uma pessoa fria e vingativa sempre que não preciso ser, então, do fundo do meu coração,  aviso pela última vez: vão cuidar das suas vidas. O Rafael pode até gostar de vocês o suficiente para perdoá-los mas eu não o farei. Se algum dia eu desejar algo de bom a vocês, saibam que não é verdade, e que estou falando apenas para ser educada, pois na verdade eu adoraria vê-los pelas costas, morando bem longe.

Resumindo: preciso de férias. Férias longas e agradáveis, sem ninguém por perto... tá, tá, táá! Meu marido pode ir também...
Ô gente chata, viu?

Não gostou, honey? Kisses! Cansei.

*ele é (em breve pretendo dizer que ele era) o atual diretor do grupo que NÃO DEU A MÍNIMA quando ele precisou, por isso caiu e esborrachou a patela.

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